sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Aprendendo sobre modos de produção capitalista com origami

O bolsista e acadêmico de Ciências Sociais, Rafael Fernando Lewer, propôs e desenvolveu uma atividade diferenciada na disciplina de Sociologia com estudantes do primeiro ano do ensino médio da EEB. Marechal Bormann, supervisão do professor Tarcísio Briguenti. O tema proposto era Modo de Produção Taylorista/Fordista, mas foi ampliado para outros dois modos de produção: Núcleo Familiar (Paternal) e Toyotismo.
Como método de ensino, optou por apresentar e vivenciar o conteúdo modos de produção se criou uma fábrica fictícia de origamis, no caso, produção do Origami Gioco Inferno e Paradiso.
Para realizar esta atividade, a turma foi dividida em três grandes grupos, cada um representando um modo de produção:

Equipe 01. Modo de Produção de Núcleo Familiar. Este modo é constituído pela figura paterna, além da mulher e filhos. Neste modo de produção capitalista, a coordenação do processo está na figura paterna. É ele que recebe os materiais para montagem do produto, vai coordenar e administrar a renda da produção, embora a família tenha conhecimento sobre todo o processo de produção. De forma alegórica, foi a figura paterna que administrou e coordenou a produção dos origamis.

Equipe 02. Modo de Produção Taylorista/Fordista. Neste modelo, a produção ocorre em escalas, já não existe mais família, todos são funcionários dentro de uma fábrica, recebendo salários, e montando o mesmo produto massivamente, sem diversidade de produtos, ou mesmo condições adequadas de trabalho. O trabalho é dividido, cada funcionário faz uma pequena parte do processo de produção, não tendo domínio ou controle sobre ele. Para experenciar este modo de produção se criou uma fábrica fictícia de origamis onde cada integrante desta equipe ficou responsável por parte da produção, ou seja, a produção ocorreu em série, ao mesmo tempo, sem deixar acumular material na esteira.

Equipe 03. Modo de Produção Toyotista. Neste modo de produção o trabalho também é dividido e cada funcionário é responsável por uma pequena parte do processo produtivo. A diferença do modo de produção fordista é que aqui há diversificação da produção. Este modelo é também chamado de capitalismo humanista, pois prevê algumas formas de melhorar a qualidade de trabalho dos funcionários. Também nesta atividade, cada integrante da equipe ficou responsável por uma dobra do origami, com a diferença de que o mesmo deveria ser com qualidade e os produtos eram diferenciados. Isto fez com que fosse necessário dividir a equipe em duas e produzir produtos diferentes ao mesmo tempo.

Conhecer e refletir sobre os modos de produção capitalista utilizando o concreto e a ludicidade permitiu aos estudantes participantes vivenciar as dificuldades de produção e compreender as diferenças entre os modos de produção apresentados.
Após esta atividade e para aprofundar o conteúdo, foi exibido e debatido o documentário “Carne e Osso” que mostra e reflete sobre as dificuldades dos trabalhadores e o cotidiano da produção de carnes no Brasil. Além disto, foi indicada a leitura de um texto didático.
Como avaliação das atividades foi solicitada que os estudantes identificassem no documentário, qual era o Modo de Produção do Sistema Capitalista presente, e produzissem um texto argumentando sua afirmação com base na dinâmica e no texto didático.
Ao final das atividades, constatou-se que o aprendizado dos estudantes participantes foi bastante significativo e que o uso de diferenciadas metodologias de ensino pode facilitar o entendimento de categorias sociológicas complexas como modo de produção, exploração, produção em série, mais-valia. Além disto, é importante ressaltar que o aprendizado pode ser facilitado se estudantes se identificarem com os conteúdos propostos e isto pode ocorrer através do uso de recursos lúdicos, visuais, e concretos.



              Imagem disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Ugs_aDPtv5k

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